Fome da Palavra

11/02/2019 15:01

Am 8:11: “Eis que vêm dias, diz o Senhor DEUS, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR.”

A literatura do profeta surge como um protesto contra a opressão e a injustiça social vigentes no antigo Israel, em meados do século VIII a.C. Para entender a mensagem do livro, é preciso considerar a situação humilhante dos pobres daquele cenário. Amós fala em nome do Senhor, como um leão que ruge contra a injustiça social (1.2).

O nome “Amós” significa “carregador de cargas” (derivado do verbo hebraico ‘amas’, “erguer um fardo”, “carregar”). Presume-se que o nome seja uma abreviação de “Amasias”, cujo sentido é “Javé carrega, protege” (II Cr 17.16).

Amós é oriundo de Tecoa (1.1), um povoado de Judá, localizado a 9 km sudoeste de Belém. Tecoa estava numa elevação de 920 metros, sendo estrategicamente usada no toque de trombetas e transmissão de anúncios ao povo (Jr 6.1). Nessa vila a sabedoria popular era bastante alimentada. Essa informação parece ser confirmada por II Sm 14.2.

·         Cronologicamente, ele é o primeiro dos profetas clássicos.

Amós teve uma visão de um cesto de frutos de verão, o qual ilustrava a condição de Israel. As palavras hebraicas para "frutos de verão" e "fim" são semelhantes e são colocadas juntas num jogo de palavras. A visão dos frutos de verão indicava que o fim se aproximava rapidamente para Israel.

Amós 8:11, aplica-se à ausência de mensageiros de Deus, tais como seus profetas. Israel não apenas tinha desprezado os mensageiros de Deus, mas tinha levado muitos deles à morte por causa de suas palavras. No juízo de Deus sobre Israel, chegaria um tempo em que o povo buscaria ajuda e direção, mas Deus permaneceria em silêncio. Ele não lhes enviaria nenhum mensageiro.

Ez. 7:26: “Miséria sobre miséria virá, e se levantará rumor sobre rumor; então buscarão do profeta uma visão, mas do sacerdote perecerá a lei e dos anciãos o conselho”

Mq. 3:7: “E os videntes se envergonharão, e os adivinhadores se confundirão; sim, todos eles cobrirão os seus lábios, porque não haverá resposta de Deus”

Temos na sala de nossa casa, em nossos smartphones, os maiores teólogos a nossa inteira disposição. Mas será que temos nos valido disso?

Em nossos dias, quando os canais de rádio e televisão estão entupidos de programas evangélicos, quando igrejas pequenas e grandes estão por toda parte, quando camisetas com slogans evangélicos e adesivos de carros com citações bíblicas enchem as ruas, será que podemos estar, mesmo assim, faltando com o puro leite espiritual da Palavra de Deus?

I Pe 2:2: “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo”

 

A Bíblia nos adverte sobre um "outro evangelho que, na verdade não é o evangelho", sobre o perigo de "não permanecer no ensino de Cristo, mas ir além dele".

Gl 1:6: “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho”

 

II Co 11:4: “Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofreríeis”

 

Gl 1:8: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema”

 

II Tm 4:3,4: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências.

E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”.
 

O apóstolo Paulo falou sobre muitos, mesmo em seu dia, que "negociaram a palavra de Deus visando lucro" e "torceram a palavra de Deus", e o apóstolo Pedro também avisou sobre "falsos mestres" que "introduzirão secretamente heresias destruidoras", acrescentando que "muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade".

 

Rm 16:17,18: “E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles.
Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples.”

II Pe 2:3: “E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita”

Como nós podermos ter a certeza que o evangelho que estamos pregando é a "simplicidade que há em Cristo", e não é uma mensagem da prosperidade material, da salvação pelas obras, do crescimento da igreja através do esforço humano, ou de qualquer outra distorção do verdadeiro Evangelho?

I Co 2:13: “As quais também falamos, não com palavras que a sabedoria humana ensina, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais”

 

I Co 2:4: “E a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder”

 

Assim será também para a Igreja. Haverá tempos de “fome espiritual”.

·         Devemos guardar o bom depósito:

II Tm. 1:13,14: “Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido na fé e no amor que há em Cristo Jesus; guarda o bom depósito com o auxílio do Espírito Santo, que habita em nós.”
 

·         Devemos valorizar os que nos ensinam:

I Ts 5:12,13: “Ora, rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, os que presidem sobre vós no Senhor e vos admoestam (avisar, advertir, aconselhar); e que os tenhais em grande estima (apreço, admiração, respeito) e amor, por causa da sua obras. Tende paz entre vós”
 

“Procure uma Igreja mais perto de sua Bíblia”