DANÇAS NAS IGREJAS
“DANÇAS NA IGREJA”
A Dança é a arte de mexer o corpo, através de uma cadência de movimentos e ritmos, criando uma harmonia própria.
O surgimento das danças em grupo aconteceu através dos rituais religiosos, em que as pessoas faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e a chuva. Os primeiros registros dessas danças mostram que elas surgiram no Egito, há dois mil anos antes de Cristo. Mais tarde, já perdendo o costume religioso, as danças apareceram na Grécia, em virtude das comemorações aos jogos olímpicos. O Japão preservou o caráter religioso das danças. Até hoje, elas são feitas nas cerimônias dos tempos primitivos.
Em Roma, as danças se voltaram para as formas sensuais, em homenagem ao deus Baco (deus do vinho), e dançava-se em festas e bacanais.
Nas cortes do período renascentista, as danças voltaram a ter caráter teatral, que estava se perdendo no tempo, pois ninguém a praticava com esse propósito. Praticamente daí foi que surgiram o sapateado e o balé, apresentados como espetáculos teatrais, onde passos, música, vestuário, iluminação e cenário compõem sua estrutura.
Hoje em dia as danças voltaram-se muito para o lado da sensualidade, sendo mais divulgadas e aceitas por todo o mundo. Nos países do Oriente Médio a dança do ventre é muito difundida; e no Brasil, o funk e o samba são populares. Além desses, o strip-tease tem tido grande repercussão, principalmente se unido à dança inglesa, pole dance.
Alguns usam a tradução “dança” na passagem do Salmo 30:11, o que é apenas uma das possibilidades, a versão ARC por exemplo traduz por “folguedo”. E quais seriam outros sinônimos que caberiam no texto, vejamos:
Brincadeira, divertimento, passatempo, espairecimento, festa, recreação, júbilo, prazer, regozijo, satisfação, riso e inclusive dança. Ou seja, dança, não seria primeira muito menos a única opção, dependerá da pretensão do intérprete.
O mesmo se aplica em Eclesiastes 3:4, onde usam o termo “dançar” mas que também se traduz por “saltar”.
Não podemos negar a existência da dança entre os judeus em suas festas comemorativas, mas não é isso que se discute quando esse tema é abordado, até por que estamos falando com relação a dança nas Igrejas. Assim como não negamos a existência da dança nas festividades judaicas, de igual modo não há nenhum indício de dança realizada por homens ou mulheres nos serviços de adoração no Templo, na sinagoga, ou na igreja primitiva.
Será que o povo de Deus, em tempos bíblicos, negligenciou um importante “componente da adoração divina?”
Negligência não parece ser a razão para a exclusão da dança do culto divino, porque observamos que foram dadas instruções claras com respeito ao ministério da música no templo. O coro levítico só era acompanhado por instrumentos de corda (a harpa e o alaúde). Instrumentos de percussão como tambores e adufes, geralmente usados para executar música dançante, foram claramente proibidos. O que foi verdade no Templo também foi verdade para a sinagoga e mais tarde para a igreja primitiva. Nenhuma dança ou entretenimento musical jamais foi permitido na Casa de Deus.
É importante notar que Davi, que é considerado por muitos como o exemplo principal para a dança religiosa na Bíblia, NUNCA deu instruções aos levitas com respeito a quando e como dançariam no Templo. Se Davi cresse que a dança deveria ser um componente na adoração divina, sem dúvida teria dado instruções relativas a ela aos músicos levitas que designou para se apresentarem no templo.
Acima de tudo, Davi foi o fundador do ministério de música no Templo. Vimos que ele deu claras instruções aos 4.000 músicos levitas pertinentes a quando cantarem e que instrumentos usarem para acompanharem seu coral. Sua omissão da dança na adoração divina dificilmente pode ser considerada como um lapso. Ao contrário, ela nos fala da distinção que Davi fez entre a música sacra, executada na Casa de Deus e a música secular tocada fora do Templo para o entretenimento.
Outrossim, nenhuma dança de orientação romântica ou sensual, realizada por casais, jamais ocorreu no antigo Israel. A maior dança anual acontecia na Festa dos Tabernáculos, quando os sacerdotes entretinham o povo realizando incríveis danças acrobáticas a noite inteira. Isto significa que aqueles que apelam às referências bíblicas para justificar a dança romântica moderna dentro ou fora da igreja ignoram a vasta diferença entre as duas.
A maioria das pessoas que recorrem à Bíblia para justificar a dança romântica moderna não está nem um pouco interessada na dança dos povos mencionados na Bíblia, onde não havia nenhum contato físico entre os homens e as mulheres.
As Referências à Dança.
A palavra hebraica “chagag” é traduzida uma vez como “dança” em I Samuel 30:16 no contexto de “comendo, bebendo e dançando”, pelos Amalequitas. É evidente que isto não é dança religiosa.
A palavra hebraica “chuwl” é traduzida duas vezes como “dança” em Juízes 21:21,23, com referencia às filhas de Siló, que saíram a dançar nas vinhas e foram tomadas de surpresa como esposas pelos homens de Benjamim. Novamente, não há dúvida que neste contexto esta palavra se refere à dança secular.
A palavra hebraica “karar” é traduzida duas vezes como “dança” em II Samuel 6:14 e 16 onde está declarado “E Davi dançava com todas as suas forças diante do Senhor;... Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela; e, vendo ao rei Davi saltando e dançando diante do Senhor....” Neste contexto é suficiente notar que “estes versos se referem a um tipo de dança religiosa fora do contexto da adoração no Templo. A palavra “karar” é usada nas escrituras apenas nestes dois versos, e nunca é usada em conjunção com a adoração no Templo”.
A palavra hebraica “machowal” é traduzida seis vezes como “dança”. Salmos 30:11 usa o termo poeticamente: “Tornaste o meu pranto em regozijo (danças)”. Jeremias 31:4 fala das “virgens de Israel” as quais “sairão nas danças dos que se alegram”. O mesmo pensamento é expresso no verso 13. Em ambas as ocasiões as referências são a danças folclóricas sociais, executadas pelas mulheres.
A maioria das indicações de dança religiosa na Bíblia tem a ver com a apostasia do povo de Deus. Há a dança dos Israelitas no pé do Monte Sinai ao redor do bezerro de ouro (Êxodo 32:19). Existe uma alusão à dança dos israelitas em Sitim quando “começou o povo a prostituir-se com as filhas dos moabitas”. (Números 25:1). A estratégia usada pelas mulheres moabitas foi convidar os homens israelitas “para o os sacrifícios dos seus deuses” (Números 25:2), o qual, normalmente, requeria dança. Aparentemente a estratégia foi sugerida pelo profeta apóstata, Balaão, para Balaque, rei de Moabe.
A lição que a igreja precisa aprender da Bíblia e da história é que a música secular associada ao entretenimento está fora de lugar na Casa de Deus. Aqueles que estão ativamente envolvidos em estimular a adoção da música popular na igreja precisam compreender a distinção bíblica entre música secular usada para o entretenimento e a música sacra apropriada para a adoração a Deus. Esta distinção era compreendida e respeitada em tempos bíblicos, e deve ser respeitada hoje, se quisermos que a igreja continue sendo um local sagrado para a adoração a Deus, em vez de se tornar num local secular para o entretenimento social.
Devemos notar que danças não fazem parte da adoração ordenada por Deus no Novo Testamento. Como muitas outras expressões físicas de louvor (sacrifícios de animais, incenso, bater palmas, instrumentos musicais), danças de louvor pertencem à Antiga e não à Nova Aliança.
Também devemos admitir que a grande maioria das danças praticadas hoje tem um elemento sensual. A não ser um homem dançando com a sua própria mulher num lugar privativo, a prática quase sempre envolve conduta, contato e pensamentos impróprios. Seja pelo toque íntimo do casal ou pelo movimento que destaca a sensualidade do corpo, o efeito da maioria das danças é incitar pensamentos impuros.
O servo de Deus faz morrer a impureza, a paixão lasciva e os desejos malignos (Colossenses 3:5). Seu compromisso com Deus o mantém longe de danças e outras atividades que provocam desejos e pensamentos errados.
Atualmente há um grupo que defende a dança na igreja sobre o argumento de que haverá no Céu 7 anos de festa.
Aí é que entra os erros de interpretação das igrejas que pensam nisso. Não há na Bíblia menção de dança no céu. O que há são menções de anjos tapando os rostos na presença de Deus. Há também 24 anciãos se prostrando ao chão e lançando suas coroas aos pés do Senhor Jesus.
Os 7 anos de grande tribulação aqui na terra se dará após o arrebatamento da igreja. Nesses 7 anos enquanto houver a tribulação aqui, a igreja estará no céu participando de dois eventos: 1º) o tribunal de Cristo, para a entrega dos galardões; e depois 2º) as Bodas do Cordeiro, que será a festa de casamento entre Cristo e a Igreja.
O único instrumento musical que a Bíblia cita que há no céu é a Harpa. Não que não possa haver outros. No demais a respeito da música só fala de cânticos e não de badernas de instrumentos. Por outro lado, não posso acreditar que quando estivermos na presença DELE contemplando sua formosura e conhecendo as Regiões Celestiais, que alguém estará preocupado com Dança? A Dança é algo que mexe com o corpo apenas. A alma não dança. É a carne que quer dançar. Lá seremos espíritos, portanto não iremos desejar essas coisas.
(Compilado)
Obs.: As expressões citadas nos originais e as definições das mesmas, assim como alguns trechos do contexto, apesar de tê-los compilados expressam a minha opinião sobre a a bordagem deste tema. A compilação foi feita apenas pela praticidade da construção do conjunto do texto.